O ministro da Educação negou, esta quarta-feira, haver atrasos nas transferências de verbas de 2017 para as escolas e lembrou que os directores podem pedir reforços para pagar a electricidade e combater o frio nas salas de aula.
Tiago Brandão Rodrigues reagia assim à notícia do jornal "Diário de Notícias" sobre casos de escolas com falta de verbas para aquecer as salas de aula ou renovar material escolar por falta de transferência de verbas relativas a 2017.
No final de uma visita à Escola Básica dos Redondos, em Fernão Ferro, Seixal, para marcar o arranque do segundo período, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, foi confrontado com a denúncia de atrasos na transferência de verbas feita pelos dois presidentes das associações que representam os directores escolares.
"Isso não é verdade. O financiamento tem chegado às escolas. Obviamente que se faz por estimativa, mas temos articulado com as direções das escolas para que essa estimativa possa ser reforçada", garantiu o ministro, acrescentando que a sua equipa está ainda "a fazer chegar às escolas as verbas para 2018 para que as escolas possam ter o normal funcionamento".
Além disso, garantiu, "todos os directores têm tido a possibilidade de pedir reforços" ou verbas adicionais se sentirem necessidade de tal, pedido que é analisado pelos serviços do Ministério.
"É importante que todas as escolas estejam dotadas de todas as condições para que todas as actividades letivas e desportivas possam acontecer normalmente", sublinhou.
Tiago Brandão Rodrigues lembrou ainda a redução de verbas para a Educação nos Orçamentos de Estado do anterior Governo e a inversão dessa política desde que o actual Governo tomou posse: "Nós, no Governo e no ministério da Educação, temos feito um esforço de reforço".
O ministro sublinhou que houve um reforço de "mais 500 milhões de euros nos últimos três anos" no Orçamento do Estado para a Educação.