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Entre 2003 e 2017, as mochilas dos alunos tornaram-se mais pesadas e os casos em que o peso carregado representa 20% do peso corporal de quem carrega aumentou 11,5 pontos percentuais: de 4,5% para 16%.
Os dados são da associação para a defesa do consumidor Deco, que investigou 174 alunos entre os 10 e os 13 anos, 66% dos quais tinham peso a mais nas mochilas. O último estudo foi feito em Março deste ano. Em 2003, uma investigação semelhante encontrou 53% dos estudantes com peso a mais.
Além dos livros necessários a cada disciplina, os alunos carregam às costas cadernos, dossiês, estojos, carteiras, chaves, roupa e calçado para a aula de Educação Física. Isto, durante todo o dia, dado que a carga horária é, muitas vezes, de nove horas. E há ainda o percurso entre a casa e a escola (ida e volta).
As mochilas podem chegar a pesar 11 quilos, aponta a Deco na publicação de Setembro da Proteste. A associação apela, por isso, à tutela, às editoras e às escolas que apostem em conteúdos digitais na educação, livros em fascículos ou na instalação de cacifos.
Aos pais, pede um olhar atento para distinguir o que é mesmo necessário nas mochilas e que pesem as mochilas antes de os filhos saírem de casa.
A Deco vai ainda pedir uma audiência à comissão parlamentar de Educação e Saúde, a quem enviará os resultados do estudo e na qual já está a ser analisada a petição com 48 mil assinaturas, a pedir medidas para reduzir o peso das mochilas.