O primeiro tratamento contra a doença de Alzheimer em quase duas décadas foi aprovado pelas autoridades de saúde dos Estados Unidos.
O Aducanumab ataca as causas subjacentes da doença de Alzheimer e não os sintomas daquela que é a forma mais comum de demência.
Apesar da nova janela de esperança, os cientistas estão divididos em relação ao potencial impacto do novo fármaco, tendo em conta os resultados dos ensaios clínicos.
No entanto, o regulador norte-americano, US Food and Drug Administration (FDA), diz haver “provas substanciais” de que o Aducanumab reduz as placas de beta-amilóide no cérebro, criadas pela acumulação de proteína.
Por esse motivo, “é razoavelmente provável prever benefícios importantes para os doentes”, sublinha a FDA.
Os ensaios clínicos com o Aducanumab, da farmacêutica norte-americana Biogen, envolveram três mil pacientes e foram suspensos em março de 2019.
A decisão foi tomada depois de os resultados indicarem que o fármaco, administrado mensalmente, tinha resultados semelhantes a placebos no esforço para evitar o agravamento de problemas de memória ou de raciocínio.
No entanto, no final desse ano de 2019, a Biogen analisou mais dados e concluir que a droga resultava, desde que tomada em doses maiores.
A farmacêutica garante que o Aducanumab também abranda, de forma significativa, o declínio cognitivo.