O Governo tem todas as condições para poder continuar a trabalhar apesar da série de demissões de ministros e secretários de Estado, disse nesta quinta-feira o ministro do Ambiente.
Numa conferência de imprensa onde se falou sobre os preços da energia, Duarte Cordeiro lamentou a decisão do ministro das Infraestruturas, Obras Públicas e Habitação, Pedro Nuno Santos, em demitir-se -- destacando “uma pessoa que nos nutre muita admiração e relação pessoal” e com quem tinha “uma proximidade grande”.
Duarte Cordeiro garantiu também que o Governo tem todas as condições para continuar a trabalhar, pois “está suportado, na assembleia da república, por uma maioria absoluta”.
Porque “temos de responder aquilo que são as expectativas que os portugueses têm, relativamente à sua vida, ao seu dia a dia”, o Governo vai “continuar o seu trabalho”.
O ministro lembrou ainda “o trabalho que estava a ser desenvolvido pelos ministérios das infraestruturas e do Ambiente e Ação Climática, quer no que diz respeito a aspetos centrais como todo o projeto ferroviário, que tem impacto não só no alargamento da oferta em Portugal como também daquilo que é a política industrial do nosso país”.
Face à saída de Pedro Nuno Santos na sequência da indemnização de 500 mil euros paga à também demissionária secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, quando saiu da TAP após cumprir sete meses de contrato, a oposição quer ouvir o primeiro-ministro.
No PSD pede-se um debate de urgência no Parlamento na próxima quarta-feira com a presença de António Costa para que preste esclarecimentos. O vice-presidente do partidodesafia o Governo a apresentar uma moção de confiança, distanciando-se da moção de censura que a Iniciativa Liberal pretende apresentar.