O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC, na sigla inglesa) recomenda a vacinação para contactos de alto risco com pessoas com monkeypox, o vírus da varíola dos macacos.
“Se as vacinas contra a varíola estiverem disponíveis no país, a vacinação de contatos próximos de alto risco deve ser considerada após uma avaliação de risco-benefício”, refere o ECDC, num comunicado divulgado esta quinta-feira.
Os peritos do Centro Europeu defendem que, para casos graves da varíola dos macacos, “o tratamento com um antiviral registado pode ser considerado, se disponível no país”.
Portugal tem 14 casos confirmados de pessoas infetadas com o vírus monkeypox.
O ECDC apela às autoridades de saúde que esclareçam a população sobre os riscos da doença e a sua potencial propagação entre as comunidades homossexuais masculinas ou em pessoas com vários parceiros sexuais.
“Os casos suspeitos devem ser isolados, testados e notificados rapidamente. A identificação dos contactos dos pacientes devem ser iniciada para os casos positivos”, refere o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças.
De acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS), a doença por vírus Monkeypox é transmissível através de contacto com animais ou ainda contacto próximo com pessoas infetadas ou com materiais contaminados.
A doença é rara e, habitualmente, não se dissemina facilmente entre os seres humanos. Os indivíduos que apresentem lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, devem procurar aconselhamento clínico.
Perante sintomas suspeitos, o indivíduo deverá abster-se de contactos físicos diretos.
"A abordagem clínica não requer tratamento específico, sendo a doença habitualmente autolimitada em semanas. A DGS e o INSA mantêm-se a acompanhar a situação a nível nacional e em articulação com as instituições europeias", escreve em comunicado a DGS.