Portugal ofereceu-se para receber um total de 110 pessoas resgatadas no Mediterrâneo em três situações distintas.
Até ao momento foram 30 provenientes do “Lifeline”, navio ao serviço de uma ONG alemã, que atracou em Malta no final de junho, e 80 recolhidos pelo “Aquarius”, navio com bandeira de Gibraltar mas ao serviço de organizações como o SOS Mediterrâneo, ou os Médicos Sem Fronteiras.
No caso do “Aquarius” a oferta diz respeito a duas viagens: uma em julho, que acabou em Itália, com Portugal a aceitar 50 dessas pessoas, e outra em agosto, que acabou em Malta, na sequência da qual o Governo português se ofereceu para aceitar 30 pessoas.
Deste total de 110 pessoas, 30 já estão em Portugal. Chegaram faz esta quarta-feira um mês e vieram no “Lifeline”: 26 homens, 3 mulheres e um bebé de 4 meses de 9 nacionalidades diferentes (Costa do Marfim, Bangladesh, Eritreia, Etiópia, Mali, Guine Conacri, Serra Leoa, Somália e Sudão).
Estão todos ao cuidado do Conselho Português para os Refugiados, a viver no Centro de Acolhimento da Bobadela, nos arredores de Lisboa.
Sobre os restantes 80 imigrantes não há ainda dados definitivos.
Os primeiros 50, que chegaram a Itália em julho, deverão chegar no final de setembro enquanto que para o segundo grupo de 30 pessoas, não há ainda uma previsão.
Em curso ainda estão os necessários procedimentos que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras tem que executar junto das autoridades italianas e maltesas, nomeadamente a identificação e registo de todas as pessoas, o cuidado especial que é preciso ter alguns problemas de saúde, e ainda a logística relacionada com as viagens em voos comerciais até Lisboa.