O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, expressou este domingo a sua "insatisfação" ao Presidente russo, Vladimir Putin, na sequência da votação, no Conselho de Segurança da ONU, a favor de um cessar-fogo com o Hamas.
“O primeiro-ministro expressou a sua insatisfação com as posições anti-Israel tomadas pelos delegados russos na ONU [Organização das Nações Unidas] e outros fóruns”, revelou, em comunicado, o gabinete de Netanyahu.
A nota foi divulgada após uma chamada telefónica entre os dois líderes, na qual o primeiro-ministro de Israel abordou os esforços de cooperação internacional entre a Rússia e o Irão, bem como as “posições contra Israel”.
Contudo, Netanyahu também sublinhou os esforços feitos pela Rússia para garantir a libertação dos reféns detidos pelo Hamas e outras milícias palestinianas.
Por sua vez, o Kremelin disse, também em comunicado, que a conversa centrou-se na “situação aguda do conflito israelo-palestiniano e, em particular, na situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza”.
Putin reiterou condenar todas as manifestações de terrorismo e defendeu ser “extremamente importante” que a luta contra as ameaças terroristas não tenha consequências terríveis para a população civil.
Os bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza já provocaram 17.700 mortos e 48.780 feridos, anunciou, no sábado, o Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas.
O número real de mortos e feridos pode ser muito superior ao revelado, uma vez que os serviços de resgate e as Organizações Não Governamentais (ONG) não conseguem aceder a todas as áreas que foram bombardeadas.
A guerra foi desencadeada pelo ataque em solo israelita, em 7 de outubro, por comandos do Hamas infiltrados a partir de Gaza, durante o qual, segundo as autoridades israelitas, foram mortas 1.200 pessoas.
O Hamas também fez cerca de 240 reféns, 138 das quais permanecem em cativeiro.
Em resposta, Israel prometeu aniquilar o Hamas, que está no poder na Faixa de Gaza desde 2007 e foi classificado como uma organização terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel.