O atendimento urgente de Ginecologia e Obstetrícia e de Ortotraumatologia do Hospital Garcia de Orta, em Almada, retomou o seu funcionamento normal após um encerramento temporário, referiu hoje à Lusa a unidade hospitalar.
O Hospital Garcia de Orta (HGO) esteve sem atendimento urgente de ginecologia e obstetrícia durante o dia de quarta-feira e as 8h30 de hoje e de ortotraumatologia até às 20h00 de quarta-feira.
Segundo o presidente do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque da Cunha, este é um problema recorrente naquela unidade hospitalar por falta de médicos para assegurar os serviços de urgência.
O Governo reconhece a falta de médicos especialistas em vários setores do Serviço Nacional de Saúde e promete dar uma resposta a este problema através de mais contratação e pagamento de horas suplementares nos serviços de urgência.
À margem de uma visita à faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde lembra que estas medidas já estão inscritas no Orçamento do Estado.
“Há algumas propostas em lei do Orçamento do Estado, nomeadamente a majoração das horas suplementares é um dos incentivos pecuniários que se prevê para as urgências hospitalares”, explica o governante.
Sobre o Hospital Garcia de Orta em concreto, Lacerda Sales lembra que “em relação a 2015, na área de Ginecologia e Obstetrícia, temos mais sete médicos, temos no global 28 especialistas, e temos, no global, 13 internos de especialidade”.
Apesar deste aumento, o governante reconhece que “é insuficiente”, tendo reiterado total “confiança nos dirigentes e nos conselhos de administração”.