O CDS quer ouvir o primeiro-ministro, três atuais ministros (Justiça, Administração Interna e Defesa), um ex-ministro (Azeredo Lopes), a atual procuradora-geral da República (PGR, Lucília Gago) e a sua antecessora, Joana Marques Vidal. Mas estes são só sete dos 45 nomes da lista entregue esta segunda-feira por este partido na comissão de inquérito ao desaparecimento das armas de Tancos.
A lista, tal como as outras já apresentadas, será apreciada na reunião de quarta-feira da comissão, em que será também escolhido o relator desta comissão de inquérito.
Há muito que o CDS tem dito que quer ouvir António Costa nesta comissão, que nasceu por iniciativa dos democratas-cristãos, e é o primeiro-ministro o último nome da lista. Essa lista está organizada por categorias. Um primeiro grupo é composto pelos responsáveis mais diretos pela unidade militar de Tancos e pelos ex e atuais chefes militares. Este grupo inclui também o ex-Chefe de Gabinete do ex-Ministro da Defesa Nacional Azeredo Lopes, a quem terá sido passada a informação sobre a operação para a recuperação das armas.
Num segundo grupo estão os anteriores e atuais responsáveis pela investigação ao nível militar, o que inclui o ex-diretor da Polícia Judiciária Militar e o ex-porta-voz, o major Vasco Brazão, que tem sido considerado uma peça-chave em toda a história.
O terceiro grupo é composto só por dois nomes, os nomes dos dois suspeitos: João Paulino e Paulo Lemos.
Em termos de organização da lista, segue-se o grupo da investigação civil, onde o CDS inclui a atual e a anterior PGR, mas também o atual e o anterior diretores da Polícia Judiciária. Aqui também estão inlcuidas a secretária-geral do SIRP (Serviço de Informações da República Portugal), Graça Mira Gomes, e a secretária-geral do Sistema de Segurança Interna, Helena Fazenda
Por fim, a lista dos responsáveis políticos: o ex-ministro da Defesa Nacional, José Alberto Azeredo Lopes, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, o ministro da Defesa Nacional, Prof. Dr. João Gomes Cravinho, e o primeiro-ministro António Costa.
Nota: A versão inicial deste artigo apontava que eram 49 as personalidades que o CDS-PP quer ouvir. Pelo erro, as nossas desculpas