“Quer ganhe, quer perca, o senhor aceita, no dia a seguir às eleições, conversar sobre uma reforma do sistema de pensões?”. A questão foi lançada pelo líder do PSD ao secretário-geral socialista no frente-a-frente transmitido pela Renascença, Antena 1 e TSF, a partir do Museu da Electricidade, em Lisboa.
António Costa não respondeu directamente, limitando-se a sublinhar que não alinha num corte. "A vossa proposta de cortar 600 milhões de euros aos pensionistas não terá o nosso apoio, não vale a pensa sentarmo-nos. É uma pergunta retórica porque já sabe que não contará connosco".
O sistema de pensões foi um dos temas que motivou acesa troca de argumentos entre os dois líderes. Passos Coelho garante que a proposta não é cortar 600 milhões de euros nas pensões mas sim fazer uma reforma que permita fazer uma poupança nessa ordem de grandeza e voltou a apelar ao consenso com o PS.
Costa recordou as propostas do Partido Socialista nesta matéria, nomeadamente a diversificação de fonte de financiamento da Segurança Social. “Uma boa ideia”, disse Passos, mas não chega.
O líder socialista garantiu ainda que “pensão formada" equivale a "pensão consolidada”, afastando qualquer hipótese de corte das pensões em pagamento.