O presidente da União das Misericórdias Portuguesas defende a presença do setor social à mesa da concertação social. A ideia foi avançada na conferência “Pós-Pandemia, Recuperação e Resiliência do Pilar Social em ano de descentralização de competências”, organizada pela Renascença e pela Câmara de Gaia.
“Na concertação, temos patrões e sindicatos. Onde está o setor social e a economia social?”, questionou Manuel Lemos. "Vamos romper horizontes e chamar a economia e o setor social”.
Este responsável vai ao encontro da ideia de reforma expressa pelo presidente do Conselho Económico e Social (CES), Francisco Assis.
Manuel Lemos defendeu ainda um avanço da descentralização, lembrando que ser favorável à descentralização é ser favorável à Europa, pois, sublinha, o que está previsto no Tratado de Roma é que a Europa seja a “Europa das comunidades, das autarquias, dos presidentes da câmara”.
No entanto, defende uma descentralização “com bom senso” e que aproveite “as potencialidades de cada um”.