O problema da baixa natalidade só se resolve com o fim da discriminação no emprego da mulher em idade fértil, defendeu esta sexta-feira, em Fátima, o presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d'Oliveira Martins.
Trata-se de algo “absolutamente fundamental”, afirma o também presidente do Centro Nacional de Cultura (CNC).
Considerando que a discriminação “é ilegítima e inaceitável”, Guilherme d'Oliveira Martins aponta a necessidade da “flexibilidade de horários e da conciliação familiar”, o que hoje é possível graças às tecnologias.
Para o presidente do Tribunal de Contas, este problema “não se soluciona com declarações ou boas intenções”, mas com “medidas concretas”.
Guilherme d'Oliveira Martins falava nas jornadas nacionais da Pastoral da Cultura, que decorrem esta sexta-feira, em Fátima, onde também apelou ao estabelecimento de compromissos no âmbito das políticas educativas.
“As políticas educativas não podem ser adoptadas de acordo apenas com os ciclos eleitorais”, disse, acrescentando que “um Governo não pode destruir o que foi feito no Governo anterior. É indispensável que haja compromissos”, porque “se estamos todos os dias a mudar as políticas educativas, conseguiremos uma confusão tremenda e resultados extremamente perniciosos”, concluiu.
“Tempo de cultura, tempo de família” é o tema das jornadas nacionais da Pastoral da Cultura, organizadas pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, que atribui esta sexta-feira o prémio Árvore da Vida à artista plástica Lourdes Castro.