O Governo anunciou, esta sexta-feira, um reforço de 8% a 38% nos
apoios ao complemento de alojamento para estudantes bolseiros deslocados na
generalidade das cidades com ensino superior, o que representa um aumento anual
entre 240,20 e 1.321,21 euros.
No Parlamento, durante um debate de atualidade pedido pelo PCP sobre o arranque do ano letivo, a ministra da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior (MCES), Elvira Fortunato, declarou que "os apoios ao alojamento a aplicar este ano letivo passam a ser, por exemplo, no caso dos concelhos de Lisboa, Cascais e Oeiras, de 456,41 euros, e no Porto, de 432,39 euros."
Nos restantes concelhos, o MCTES diz em comunicado que o apoio ao alojamento sobe em Faro para 360,32 euros, no Funchal (Madeira), Setúbal e Almada para 336,30 euros, em Ponta Delgada, Aveiro, Braga, Odivelas, Matosinhos e Amadora para 312,28 euros e em Coimbra, Évora, Portimão, Vila Nova de Gaia, Maia e Barreiro para 288,26 euros.
Com este reforço, os estudantes bolseiros deslocados que estejam alojados fora de residência pública passam a receber "por ano até 5.020 euros em apoio", passando o valor mínimo a ser de 2.642,40 euros para custear as suas despesas de alojamento, afirmou a ministra.
O Governo refere ainda que "aprovou um reforço significativo do complemento de alojamento para estudantes deslocados do ensino superior de modo a garantir que os complementos pagos estão de acordo com o preço médio do alojamento privado praticado nas diferentes cidades do país".
Segundo o Ministério, só desde setembro de 2022 este complemento de alojamento foi aumentado quatro vezes, tendo crescido entre 17% a 63%, aumentando acima do que foi a evolução registada nos preços do alojamento privado.
No seu discurso, a ministra do Ensino Superior reconheceu dificuldades no que toca ao alojamento dos estudantes, mas considera que o ano letivo está a arrancar muito bem.
[notícia atualizada às 14h07 de 22 de setembro de 2023]