Entre janeiro e junho de 2019, o investimento estrangeiro em reabilitação urbana na cidade de Lisboa superou os 344 milhões de euros, segundo dados divulgados esta segunda-feira pela empresa Confidencial Imobiliário.
Este valor representa 34% do total de investimento feito por particulares nesta área, no primeiro semestre do ano, que ascendeu a cerca de mil milhões de euros.
Em igual período de 2018, registou-se um investimento de 311,8 milhões de euros, o que significa um crescimento de 10% entre janeiro e junho deste ano.
No entanto, a empresa ressalva que se registou um decréscimo de 10% se a comparação for feita relativamente ao segundo semestre de 2018, quando foram transacionados 382,5 milhões de euros.
"O investimento internacional em habitação continua muito robusto e dá continuidade à forte dinâmica do ano passado, quando se atingiu um patamar inédito de 694,3 milhões de euros", sublinha a nota da Confidencial Imobiliário.
O investimento internacional foi protagonizado por compradores de 70 nacionalidades, sendo os mais representativos França (21%), China (14%), Brasil (8%), Estados Unidos (5%) e Reino Unido (5%).
Destacam-se, igualmente, investidores oriundos da África do Sul, Turquia, Índia, Itália, Alemanha, Suécia, Vietname e Bélgica, com quotas no volume investido superior a 3%.
Em termos geográficos, as freguesias da Misericórdia (55,5 milhões de euros) e de Santa Maria Maior (54,9 milhões de euros) foram as que receberam mais investimento estrangeiro em habitação.
No caso da freguesia de Santa Maria Maior, o investimento estrangeiro teve um peso de 80% no total das operações realizadas.
As restantes freguesias de Lisboa com mais investimento estrangeiro em habitação foram as de Santo António (42,8 milhões de euros) e Arroios (38,3 milhões de euros).
A nota Confidencial Imobiliário realça "um crescente interesse" dos estrangeiros por outras freguesias da cidade de Lisboa, nomeadamente Ajuda, Benfica, Carnide, Campolide e Areeiro.
Nestas freguesias, o investimento estrangeiro representou o máximo de 25% de todo o volume investido, atingindo-se um mínimo de 6% em Benfica.