O Presidente da Rússia foi operado a um cancro em estado avançado, no mês de abril.
A informação foi revelada esta quinta-feira pela revista Newsweek, que cita um relatório confidencial dos serviços secretos norte-americanos.
O documento indica, também, que Putin foi alvo de uma tentativa de assassinato em março.
O relatório conjunto de elementos de três agências de serviços secretos admite preocupação com o facto de Vladimir Putin estar “cada vez mais paranoico com o seu poder”, o que acarreta um fator de enorme imprevisibilidade para o curso da guerra na Ucrânia.
Contudo, os espiões norte-americanos admitem que as perspetivas de uma guerra nuclear são “menos prováveis”.
Por outro lado, prosseguem, “a disputa dentro do Kremlin nunca foi tão intensa” com vários setores políticos de Moscovo a admitir que “o fim [de Putin] está próximo”.
A guerra que não corre como Putin queria
De resto, a aparição no desfile do "Dia da Vitória", a 9 de maio voltou a suscitar dúvidas quanto à saúde de Putin e à sua incapacidade (ou relutância) de declarar vitória na Ucrânia.
A comunidade dos serviços secretos dos EUA é unânime na ideia de que a situação era mais grave do que se pensava anteriormente, e que a exaustão física do Presidente era, também, um sinal evidente da exaustão da própria Rússia.
Três dias depois, o chefe dos serviços secretos ucranianos, Kyrylo Budanov, disse à cadeia de televisão britânica Sky News que Putin estava em "condições psicológicas e físicas muito difíceis e está muito doente”, acrescentando que havia planos dentro do Kremlin para derrubar o líder russo.
Aliás, o pessoal de segurança do Kremlin acabou por descobrir uma conspiração para assassinar Putin, a par com versões consistentes de dissensões no topo da hierarquia dos ministérios que tutelam a segurança nacional e da alegada intenção de vários diplomatas russos desertarem para o Ocidente.