O ex-diretor e o ex-porta-voz da Polícia Judiciária Militar (PJM) vão voltar a ser ouvidos no âmbito do caso do aparecimento das armas de Tancos.
A audiência do major Vasco Brazão, ex-porta-voz da PJM, está marcada para a próxima terça-feira, dia 16 de outubro, às 10h00.
Ao contrário do que aconteceu em setembro, no primeiro interrogatório, Vasco Brazão não será ouvido no Tribunal de Instrução Criminal, pelo juiz João Bártolo.
O militar vai ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) para um encontro com os procuradores responsáveis pelo processo.
O ex-diretor da PJM, também arguido no caso de Tancos, vai prestar declarações no DCIAP no dia 23.
Segundo o advogado Rui Baleizão, o coronel Luis Vieira foi notificado esta sexta-feira para comparecer junto dos procuradores que investigam o aparecimento das armas roubadas em Tancos.
O advogado diz que ambos, ele e o seu cliente, estão tranquilos com a nova inquirição, alegando que "quem não deve não teme", referindo que desconhece a matéria que será abordada na inquirição.
O coronel Luis Vieira, um dos nove arguidos do caso, encontra-se em prisão preventiva desde o dia 28 de setembro.
Em 25 de setembro, a Polícia Judiciária deteve o diretor e outros três responsáveis da PJM, um civil, e três elementos do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Loulé.
Segundo o Ministério Público, em causa estão "factos suscetíveis de integrarem crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, recetação, detenção de arma proibida e tráfico de armas".
O furto de material militar dos paióis de Tancos - instalação entretanto desativada - foi revelado no final de junho de 2017.
Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.
[notícia atualizada às 14h38]