Os familiares dos seis jovens que morreram em Dezembro na praia do Meco reafirmam que não obtiveram qualquer informação nem foram contactados pelo único sobrevivente, João Miguel Gouveia, e mostraram-se disponíveis para colaborar com a justiça.
Os pais das vítimas, que estiveram reunidos este sábado para tomar uma posição concertada sobre o assunto, falaram às televisões após o encontro e apelaram ao esclarecimento de "tudo o que se passou naquele fim-de-semana".
Questionada pelos jornalistas sobre a carta enviada à Agência Lusa em que os familiares de João Miguel Gouveia sustentam que o sobrevivente colaborou, desde o primeiro dia, "com as autoridades seja para contactar as outras famílias, seja para dar indicações sobre o que sucedeu", Fátima Negrão, mãe de uma das vítimas, afirmou não ter tido qualquer contacto "nem qualquer informação por parte do João".
A mesma mãe acrescentou que têm "sido bastante tolerantes" e que o objectivo não é "crucificar". "Estamos sempre a apoiá-lo", acrescentou, referindo-se a João Miguel Gouveia.
Fátima Negrão adiantou ainda que os familiares dos jovens falecidos estão dispostos a colaborar com a justiça e esperam "que da outra parte isso também aconteça".
Os jovens que morreram na praia do Meco, no dia 15 de Dezembro, eram alunos da Universidade Lusófona, que anunciou na segunda-feira a abertura de um inquérito interno para "aclaração dos factos".
As seis vítimas - quatro raparigas e dois rapazes - faziam parte de um grupo de sete estudantes universitários que tinham alugado uma casa na zona, para passar o fim de semana.
Segundo as autoridades, uma onda arrastou-os na madrugada de 15 de Dezembro, mas um dos universitários conseguiu sobreviver e dar o alerta.
Os corpos dos restantes foram encontrados nos dias que se seguiram.