O relatório pedido pela Metro do Porto ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) conclui que os trabalhos de alteração da rede de drenagem e as características do estaleiro da empreitada foram fatores decisivos para o impacto das cheias de janeiro, na cidade do Porto.
De acordo com o jornal Público, que cita o documento, as inundações teriam existido na mesma, mas as obras do Metro do Porto agravaram o impacto que as cheias tiveram no eixo onde estão as ruas Mouzinho da Silveira e das Flores.
“As alterações à rede de drenagem e à superfície urbana alteraram as condições de escoamento, ocorrendo, em alguns locais, agravamento da inundação”, lê-se no relatório.
Ainda segundo o mesmo documento, na origem do agravamento da inundação naquela área também está a presença do estaleiro da obra na Praça da Liberdade.
Recorde-se que no 7 de janeiro de 2023, a elevada precipitação provocou cheias de grande dimensão na cidade do Porto. Vários estabelecimentos na zona adjacente à Estação de São Bento foram inundados e várias casas ficaram destruídas no Bairro das Fontaínhas.
A Metro do Porto afastou, na altura, a hipótese de que as obras para a construção da nova linha rosa estivessem relacionadas com a subida das águas, o que, agora, é contrariado pelo relatório do LNEC.