Bebé de 18 meses morre depois de acidente em creche de Lisboa
31-01-2024 - 13:39
 • Miguel Marques Ribeiro

Bebé morreu no Hospital de Santa Maria esta quarta-feira. O Ministério Público vai investigar o caso.

Uma criança de dezoito meses morreu esta quarta-feira de manhã no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, depois de ter passado a noite na unidade, para onde foi transportada na terça-feira ao final do dia, confirmou a Renascença com o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte. Na véspera, a criança sofreu um acidente numa creche, também em Lisboa. O Ministério Público confirma a abertura de um inquérito, que corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.

Embora as circunstâncias da morte continuem, para já, por esclarecer, a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental, que gere o estabelecimento escolar (uma IPSS), emitiu um comunicado sobre o caso onde explica que se "verificou um incidente" com a criança pelas 16h00 e esta, na sequência disso, terá entrado em paragem cardiorrespiratória. Além do que é dito no comunicado, e depois de contactada pela Renascença, a associação, que gere a creche inclusiva, não quis entrar em mais detalhes.

Depois do acidente, adianta ainda a APPACDM, foram efetuados os "cuidados primários e consequentes manobras de reanimação", e "após chegada dos meios de socorro, a criança foi transportada para o Hospital de Santa Maria".

A creche, ao que a Renascença apurou, encontra-se encerrada para "proceder à imediata averiguação das circunstâncias do incidente, por forma a remeter ao Ministério Público toda a informação disponível". A Segurança Social também já foi informada do sucedido, adianta fonte da instituição.

Segurança Social é que autoriza a abertura das creches

A Junta de Freguesia de Alvalade não quis pronunciar-se sobre o caso em concreto, mas ressalvou que todas as condições têm de estar reunidas para a abertura de uma creche . “Para as mais pequeninas tem de estar tudo em condições”, sublinhou Ana Rita Costenla, que tem, entre outros, o pelouro de educação e juventude na JFA. Cabe à segurança social, e não à junta, autorizar a abertura deste tipo de valências, sublinhou ainda.

“Eles não saem muito, podem ter um pequeno recreio, mas normalmente não são locais muito grandes e até me parece estranho, porque esta creche já existe há muito tempo… Como é que isto foi acontecer?”, lamentou a autarca.

[Notícia atualizada às 19h45]