Algarve prepara-se para colher milhares de jovens na semana que antecede o início da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
O Comité Organizador Diocesano (COD) do Algarve revela à Renascença que já recebeu contactos de cerca de uma dezena de países com jovens a demonstrar interesse em ir para o Algarve na semana anterior ao evento.
Joao Costa, delegado diocesano ao Comité Organizador Local da JMJ, diz que as estruturas diocesanas estão preparadas para acolher até 9.500 peregrinos.
Há muitos jovens estrangeiros interessados em ir para o Algarve, antes do arranque da JMJ 2023?
Já tivemos a confirmação da vinda de dois grupos, e já tivemos também a manifestação de vários interesses de grupos que nos contactam via e-mail e às vezes até nos vêm visitar. Provavelmente há um interesse maior, tendo em conta que os países europeus conhecem a reputação do Algarve como um ponto turístico. Também há as facilidades todas do aeroporto de Faro e também do aeroporto de Sevilha, que é relativamente perto aqui. Portanto, há de facto, muitos contactos já de interesse para virem participar nos "dias na Diocese" no Algarve.
De muitos países?
Sim, temos contactos de alguns dos países, como Brasil e Espanha.
França e Dinamarca já têm um grupo definido. Depois, temos contactos da Polónia, Canadá, Porto Rico, República Democrática do Congo e Eslovénia. Já nos sondaram também pelas redes sociais, da zona da Ásia, penso que seria as Filipinas.
É prematuro dizer se ou falar se de um número de pessoas ou de jovens que possam enveredar pelo Algarve antes da ida para Lisboa?
Uma ideia precisa é difícil, mas nós, como não podemos preparar estes dias na Diocese sem ter um número fixo, ou um número alvo, ou um Objetivo claro, nós estamos preparados e temos as nossas estruturas diocesanas preparadas para um determinado número, sendo que estará ali a ronda, se calhar os 9.000 - 9.500 peregrinos.
Vão ter centros de acolhimento para essas pessoas?
Sim, no Algarve, dada a época do ano, que é o final de julho, uma época muito forte do ponto de vista turístico e dado também haver recursos humanos mais escassos, apesar nos queremos ter uma abrangência diocesana não era possível de todo espalhar os peregrinos pelo Algarve inteiro e dar-lhes um programa em que pudessem usufruir quer das suas gentes, quer também das nossas culturas, nossos costumes e também da nossa Igreja. E assim definimos quatro locais de acolhimento, sendo que são centros de acolhimento, não são bem cidades de acolhimento.
Essas cidades são Faro, Tavira, Loulé e Portimão, sendo que Portimão já tem um grupo já definido para ir para lá. É um movimento com cerca de 3.700 jovens que já completaram a cidade, e portanto, este já estará completo. Sobra-nos estes três centros de acolhimento - Faro, Tavira e Loulé - e há também a possibilidade de abranger ainda alguns concelhos fronteiriços mediante algumas clausulas relacionadas com a questão do transporte.
E na Diocese como está a acontecer a preparação para a Jornada?
Até agora temos feito um processo mais voltado para dentro do aquário ou para dentro das portas da igreja. A jornada vai mexer com muitos jovens. Vão ficar muitos motivados, por assim dizer. Vai mexer com muitas famílias. Os dias na Diocese vão mexer com muita gente aqui no Algarve. As pessoas vão-se perguntar. Podem até se calhar aproximar-se mais da Igreja. E depois o COD Algarve também tem esta missão de dar os instrumentos para que os frutos da jornada não morram em 2023.
Quem organiza as jornadas provavelmente estará preocupado com a quantidade de pessoas que possam participar. Já tem uma ideia de quantos jovens do Algarve irão rumar a Lisboa, ou ainda é muito prematuro?
Ainda é muito prematuro. Vamos fazer este trabalho já no início do próximo ano Pastoral. Vamos começar a fazer essa avaliação dos interessados e provavelmente no final do ano já teremos alguns pormenores, particularmente em relação à questão do transporte.