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A ministra da Saúde diz não ser possível determinar se o pico de contágios por Covid-19 previsto para a segunda semana de janeiro já foi ultrapassado.
“Não sabemos se o pico a que deveríamos chegar na segunda semana de janeiro já passou", disse Marta Temido aos jornalistas, esta terça-feira, após uma visita ao Hospital de Vila Franca de Xira, acrescentando que as previsões “apontam ainda uma subida de casos, que terá impacto nos internamentos”.
SNS 24 “muito pressionado”
Desde o início do ano, a Linha SNS 24 recebeu “cerca de 700 mil chamadas”.
Marta Temido reconhece que este serviço tem estado “muito pressionado”, uma vez que “a linha tem estado a encaminhar e a resolver a situação de saúde de muitas pessoas”.
Apesar das “alterações de algoritmos” e do “reforço dos profissionais, com a abertura de mais call centres”, a ministra diz que a resposta da linha não é perfeita, “gostaríamos de ter atendimentos mais rápidos, mas tem sido garantida a par e passo com a entrada de algumas funcionalidades".
Nestas declarações, feitas durante uma visita ao Hospital de Vila Franca de Xira para avaliar a pressão sobre os cuidados de saúde, no quadro da disseminação da variante Ómicron, a governante admitiu, por outro lado, que “temos de nos preparar para enfrentar pressão acrescida nos próximos dias” nos hospitais, por causa da “fragilidade dos cuidados de saúde primários”, situação que “acaba por levar que muitos doentes que sentem a preocupação do seu estado de saúde venham aos serviços hospitalares. Isso naturalmente traz uma pressão acrescida, temos de lidar com ela”.
Mais de 40 menores internados
Noutro plano, Marta Temido revelou que, do universo de 1.564 internados com Covid-19, atualmente em Portugal, “44 são meninos com menos de 18 anos, ou seja, temos uma percentagem de meninos com Covid no total dos doentes internados que anda na casa dos 2,8%. Isso é resultado de um esforço que tem sido feito na área da vacinação, na área das melhores medidas não farmacológicas de segurança".
Nesta altura, mais de metade das crianças em Portugal ainda não receberam vacina contra a Covid-19.
Lisboa com atividade hospitalar equilibrada
Segundo a ministra da Saúde, os hospitais de Lisboa e Vale do Tejo, a região com maior pressão devido à pandemia, têm equilibrado a atividade programada com a resposta aos doentes de Covid-19.
“Até agora, na região de Lisboa e Vale do Tejo, que é a que tem mais pressão, estamos a conseguir garantir algum equilíbrio entre a atividade assistencial normal e a resposta à Covid-19”, adiantou Marta Temido.
Segundo a governante, a região de Lisboa e Vale do Tejo tem cerca de 700 doentes internados em enfermaria por Covid-19, quando há um ano eram quase 3.000.
“São duas realidades muito distintas. Embora haja pressão, é uma pressão muito diferente”, salientou Marta Temido, ao avançar ainda que, dos 15.500 doentes internados em todos os hospitais do país, 1.564 são por Covid-19, dos quais 44 com menos de 18 anos, o que representa 2,8%.
A ministra referiu ainda que o Hospital de Vila Franca de Xira é um dos que “tem sido mais pressionado em todo o país”.
“Sabemos que alguma fragilidade dos cuidados de saúde primários acaba por levar a que muitos doentes, que sentem a preocupação com o seu estado de saúde, venham aos serviços hospitalares. Isso traz uma pressão acrescida, temos de lidar com ela e nos preparar para enfrentá-la nos próximos dias”, afirmou.