Caricatura de Maomé no regresso do "Charlie Hebdo" indigna líderes muçulmanos
14-01-2015 - 15:24
Um líder religioso do Irão disse que a capa equivale "a declarar guerra a todos os muçulmanos".
A capa desta semana do jornal satírico "Charlie Hebdo", a primeira desde o ataque terrorista da semana passada, está a causar indignação na comunidade muçulmana do Médio Oriente, por representar, mais uma vez, a figura de Maomé.
Sob o título "Tout est pardonnés" (Tudo está perdoado), a capa mostra uma caricatura de Maomé, triste e com uma lágrima no canto do olho, a segurar um cartaz onde se lê "Je suis Charlie", a expressão que ficou associada ao movimento global pela liberdade de expressão e contra o terrorismo que surgiu após o ataque.
Cartoons deste tipo "alimentam sentimentos de ódio e ressentimento entre as pessoas" e publicá-los "mostra desrespeito" pelos sentimentos muçulmanos, considerou o grande mufti de Jerusalém e da Palestina, Mohammed Hussein.
No Irão, o líder religioso conservador Nasser Makarem-Shirazi diz mesmo que as páginas satíricas são equivalentes "a declarar guerra a todos os muçulmanos". O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano considerou que os cartoons do "Charlie Hebdo" dificultam o diálogo com o Ocidente.
A Universidade Al-Azhar, no Egipto, apelou a todos os muçulmanos que ignorem a capa com Maomé, que considerou "uma frivolidade odiosa".
Na Argélia, o jornal diário "Echorouk" respondeu ao "Charlie Hebdo" com a frase "Somos todos Maomé". Na Turquia, um outro matutino publicou alguns excertos da nova edição do jornal satírico, mas deixou de fora a capa.
O responsável pelo cartoon da edição "de sobrevivente", como o próprio jornal a classificou, foi Renald Luzier, ou "Luz". "Escrevi 'tudo está perdoado' e chorei", explicou em conferência de imprensa. "Esta é a nossa capa. Não era aquela que os terroristas queriam que desenhássemos. Não estou preocupado, confio na inteligência das pessoas, na inteligência do humor", declarou.
Sob o título "Tout est pardonnés" (Tudo está perdoado), a capa mostra uma caricatura de Maomé, triste e com uma lágrima no canto do olho, a segurar um cartaz onde se lê "Je suis Charlie", a expressão que ficou associada ao movimento global pela liberdade de expressão e contra o terrorismo que surgiu após o ataque.
Cartoons deste tipo "alimentam sentimentos de ódio e ressentimento entre as pessoas" e publicá-los "mostra desrespeito" pelos sentimentos muçulmanos, considerou o grande mufti de Jerusalém e da Palestina, Mohammed Hussein.
No Irão, o líder religioso conservador Nasser Makarem-Shirazi diz mesmo que as páginas satíricas são equivalentes "a declarar guerra a todos os muçulmanos". O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano considerou que os cartoons do "Charlie Hebdo" dificultam o diálogo com o Ocidente.
A Universidade Al-Azhar, no Egipto, apelou a todos os muçulmanos que ignorem a capa com Maomé, que considerou "uma frivolidade odiosa".
Na Argélia, o jornal diário "Echorouk" respondeu ao "Charlie Hebdo" com a frase "Somos todos Maomé". Na Turquia, um outro matutino publicou alguns excertos da nova edição do jornal satírico, mas deixou de fora a capa.
O responsável pelo cartoon da edição "de sobrevivente", como o próprio jornal a classificou, foi Renald Luzier, ou "Luz". "Escrevi 'tudo está perdoado' e chorei", explicou em conferência de imprensa. "Esta é a nossa capa. Não era aquela que os terroristas queriam que desenhássemos. Não estou preocupado, confio na inteligência das pessoas, na inteligência do humor", declarou.