Uma criança morreu esta segunda-feira no naufrágio de um bote, durante a travessia entre a Turquia e a ilha grega de Lesbos. Os restantes 47 migrantes foram resgatados com vida.
Nas últimas 24 horas, pelo menos mil refugiados chegaram às ilhas gregas do Mar Egeu, próximas da Turquia.
A chegada de migrantes, na sua maioria sírios, surge em resposta ao anúncio de Ancara, que abriu as fronteiras com a Europa, na passada sexta-feira, em antecipação da chegada de refugiados provenientes da província de Idlib.
A região no norte da Síria está a ser palco de uma ofensiva do regime, apoiada pela Rússia, contra os seus opositores na região.
Na sequência do comunicado, a Grécia e a Bulgária anunciaram um reforço do controlo de fronteiras.
Já este domingo, cerca de 150 habitantes da ilha grega de Lesbos incendiaram um centro de acolhimento de migrantes, desocupado, na praia de Skala Sykamineas, para impedir que fosse reaberto. O centro, que foi gerido pelo Alto Comissariado da ONU para os refugiados, foi encerrado no fim de janeiro. Os migrantes que estiveram antes no local foram deslocados para um outro centro na ilha.
Os habitantes das ilhas opõem-se fortemente à construção de novos campos e pedem que os migrantes sejam transferidos para a Grécia continental. Apontam problemas de segurança e saúde pública, naquela que continua a ser a principal porta de entrada de imigrantes na União Europeia.
O Governo grego, liderado por Kyriakos Mitsotakis, já veio garantir que a construção vai avançar.
Mais de 38 mil requerentes de asilo vivem atualmente nos campos das ilhas de Lesbos, Samos, Chios, Leros e Kos, planeados originalmente para acolher 6.200 pessoas.