A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, admite, “em última instância”, a nacionalização do grupo Global Media, do qual fazem parte o Jornal de Notícias, o Diário de Notícias e a TSF.
“Em última instância deve ser ponderada até, eventualmente, a nacionalização destas entidades. Não faz qualquer sentido que não haja o pagamento a estes trabalhadores e, mais, que não haja a preservação deste património histórico”, defende Inês Sousa Real, em declarações à Renascença.
A líder do PAN recebeu esta quinta-feira, no Parlamento, a Comissão de Trabalhadores da TSF, para discutirem a crise no grupo Global Media.
Inês Sousa Real considera que em causa está o “desmantelamento” de órgãos de comunicação social com história e relevantes para o país.
“Não estamos a falar de um jornalismo que tenha surgido no nosso tempo recente. Tendo em conta o património histórico e o papel que estas diferentes entidades, seja a TSF, o JN ou o DN, têm tido ao longo dos vários tempos, não faz sentido que não haja uma fiscalização mais musculada relativamente a todo este processo, incluindo por parte do regulador”, sublinha.
O PAN defende a realização de uma comissão de inquérito à Global Media Group no arranque da próxima legislatura e que sejam assegurados os salários dos trabalhadores do grupo, que detém o JN, O Jogo, Diário de Notícias, TSF e Dinheiro Vivo.
O grupo Global Media pretende dispensar cerca de 200 trabalhadores e tem salários em atraso.