O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou esta quinta-feira que as elevadas temperaturas registadas durante o mês de julho- a caminho de ser o mais quente de sempre- vão dar lugar “era da ebulição”, em substituição da era do “aquecimento global”.
"As alterações climáticas estão aí. É assustador e são apenas o início”, disse António Guterres.
A declaração feita pelo secretário-geral surge depois de cientistas terem confirmado nesta quinta-feira que as últimas três semanas foram as mais quentes algumas vez registadas.
"Hoje, a Organização Meteorológica Mundial e o serviço europeu Copernicus, para as alterações climáticas, divulgaram dados oficiais que confirmam que o mês de julho pode vir a ser o mais quente de sempre na História da humanidade. Segundos os dados de hoje, o mês de julho já teve as três semanas mais quentes de sempre, os três dias mais quentes e a mais alta temperatura da água do mar alguma vez registada para esta altura do ano", explica.
Guterres fez referência ao “verdadeiro desastre” que tem acontecido em várias zonas do mundo, como a “América do Norte, a Ásia, África e a Europa”, em que o verão tem sido “cruel”. “Este ar não é respirável, o calor não se aguenta e o nível de inação é inaceitável", atira.
Para o líder da ONU, “não há mais tempo”. “Chega de hesitação. Chega de desculpas. Chega de esperar que os outros tomem a iniciativa”, disse, criticamente.
No entanto, lembra que “ainda se pode evitar o pior”, mas para isso, é necessário ter “ações drásticas e imediatas”.
Várias zonas do mundo têm sido fustigadas por incêndios, mas também por tufões e tempestades.