O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, diz que são necessárias respostas - e não só reuniões - sobre o plano de mobilidade para a Jornada Mundial da Juventude, que se realiza na capital entre 1 e 6 de agosto.
Em entrevista na Renascença, durante uma emissão especial dedicada à JMJ, o autarca contradiz a ministra adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, que deu o exemplo dos eventos de outros anos, em que o plano de mobilidade só foi anunciado dias antes.
“Reuniões técnicas vão sempre acontecendo, mas temos de ter respostas. Essas respostas virão no plano de mobilidade, mas pensávamos que esse plano já estaria feito por esta altura. Fico com alguma preocupação. A minha preocupação mantém-se e penso que a do Ricardo Leão [autarca de Loures] também, estive agora com a senhora ministra e reiterei a minha preocupação”, disse.
Moedas deu ainda o exemplo do porquê de pedir respostas: "Imagine o que é dizer, para mais de um milhão de pessoas, quais são as ruas que vão estar abertas, quais vão estar fechadas, onde vão estar os autocarros, o que vai acontecer a alguns restaurantes. Estou a trabalhar para ter essas respostas”, disse, confirmando que não sabe ainda o desfecho sobre o encerramento do Eixo Norte-Sul durante o evento.
Sobre a recolha de resíduos durante esses dias, Moedas deu o exemplo de que Lisboa produz cerca de 900 toneladas de lixo por dia e que durante a JMJ vai produzir mais 30% a 50%. Haverá mais trabalhadores durante o período da jornada e que tudo isso “já está planeado para garantir que a cidade esteja limpa”.
O autarca disse que a Jornada Mundial da Juventude será, "mais que um evento religioso, um evento em que Lisboa será o centro do mundo".
E destacou que, dos 35 milhões de euros investidos pela Câmara Municipal de Lisboa para a Jornada Mundial da Juventude, “25 milhões ficam para a cidade”.