Na Cordoaria Nacional, em Lisboa, abre hoje a quinta edição da ARCOlisboa. A Feira de Arte contemporânea regressa ao formato presencial, depois de duas edições digitais por causa da pandemia. Hoje o dia é dedicado ao público profissional e colecionadores. Sexta abre ao público geral e sábado a partir das 17h00 em entrada gratuita para jovens dos 18 aos 25 anos.
Ao todo 65 galerias de 14 países, 43 das quais portuguesas marcam presença numa edição que soma também mais 22 galerias noutras secções da feira que tem também uma forte presença de galerias africanas.
Em entrevista à Renascença, Maribel López, a diretora da ARCO mostra-se satisfeita com este regresso ao formato com público, diz que durante a pandemia surgiram novas galerias e espera que a autarquia de Lisboa renove o protocolo com a ARCO para os próximos anos.
É um regresso ao formato presencial, depois de duas edições em formato digital por causa da pandemia. Com que sentimento regressam?
Vimos com esta felicidade de finalmente celebrar o quinto aniversário, no espaço físico, com as galerias, com os artistas portugueses, com todo o contexto. Poder retomar e reiniciar de algum modo todo este trabalho
E trazem novidades?
Com novidades que estão sempre baseadas naquilo que as galerias querem como novidades. Para nós mantemos o que estava a funcionar. As galerias são o centro de tudo. O que acontece em Portugal é o centro e o ponto de partida de toda a feira. Como é que se enriquece isso? Com o diálogo com outras vozes, desde logo, a presença espanhola é muito forte, porque as relações são muito fortes entre galerias, colecionadores e artistas. Depois a presença de África que tem mais 3 galerias. Em termos percentuais na feira é um bom reflexo. Aumentou também a origem das galerias africanas, centrada nos artistas. A Paula Nascimento é uma curadora fantástica. Depois na secção Opening também mudamos os curadores, agora são a Chus Martinez e a Luís Teixeira de Freitas e creio que vamos descobrir aí muitas novas galerias.
Uma das novidades deste ano é que no sábado, a ARCOlisboa terá entrada gratuita para jovens dos 18 aos 25 anos a partir das cinco da tarde. Querem conquistar novos públicos?
Absolutamente! Criar colecionadores, mas e criar futuros diretores de museus, criar pessoas que pensam em arte, porque, como digo, e repito sempre isso, a arte ajuda a pensar de outra forma, se a ouvimos! Temos de estar muito atentos! Queremos ajudar a isso e alinharmo-nos com algo que preocupa a cidade. Deixa-nos muito felizes saber que depois de irem os colecionadores na quinta-feira, o público geral na sexta, que haja o sábado à tarde, que é um dia mais festivo, para os jovens. Estamos confiantes que venham muitos jovens!
A ARCOlisboa acaba por ter um papel de âncora para muita da atividade cultural nesta altura na cidade.
Sim, "la Movida"! Adoro! Creio que a cidade tem uma atividade cultural muito interessante. A ARCO tem a sorte de encontrar-se com essa atividade cultural, a nível de museus e de projetos independentes, galerias. Acho que a ARCO e a cena cultural complementam-se, mas antes de tudo é porque a atividade cultural aqui está bem! A ARCO não construiu isso, a ARCO disfruta desta cena cultural e gostamos de ser, de alguma forma, a sua "alta voz" para todo este bom trabalho.
Que balanço faz destes dois anos de pandemia? Afetou muito a cena artística?
Acho que as galerias e os artistas tiveram muita resiliência, que é uma palavra incrível que agora se usa muito, e que não é comparável com nada mais! Eu vi nascer nestes anos novos projetos de galerias. Acho até que é muito inteligente, na verdade, porque o negócio de galeria precisa de tempo para se estabelecer e começar num momento mau, significa que quando o momento for bom, já estão mais preparados. Eu vi gente a sofrer, lutar, reinventar-se, reinventar-se digitalmente, e também estreitar muito as relações com os seus colecionadores e fazer um trabalho local que é importante. Acho que vamos ver isso refletido. Apesar de ter sido duro, difícil e complicado para todos, eu confio que vamos encontrar um pouco de luz em todo este trabalho também feito pelas galerias.
E a relação da ARCO com Lisboa? O protocolo com a câmara de Lisboa teve uma adenda que permitiu a realização da feira deste ano. Espera que o protocolo seja renovado?
A relação com Lisboa será até que Lisboa e a sua cena artística queiram! Acho que não tem fim. Porque é um projeto, como disse o autarca de Lisboa, e isso deixou-me muito feliz, que está em crescimento. Foi um crescimento afetado pela pandemia, mas pensamos o agora como o ponto zero, mas com ideia de haver um crescimento e uma relação futura sem limite.
A ARCOlisboa acaba por ter um papel de âncora para muita da atividade cultural nesta altura na cidade.
Sim, "la Movida"! Adoro! Creio que a cidade tem uma atividade cultural muito interessante. A ARCO tem a sorte de encontrar-se com essa atividade cultural, a nível de museus e de projetos independentes, galerias. Acho que a ARCO e a cena cultural complementam-se, mas antes de tudo é porque a atividade cultural aqui está bem! A ARCO não construiu isso, a ARCO disfruta desta cena cultural e gostamos de ser, de alguma forma, a sua "alta voz" para todo este bom trabalho.
Que balanço faz destes dois anos de pandemia? Afetou muito a cena artística?
Acho que as galerias e os artistas tiveram muita resiliência, que é uma palavra incrível que agora se usa muito, e que não é comparável com nada mais! Eu vi nascer nestes anos novos projetos de galerias. Acho até que é muito inteligente, na verdade, porque o negócio de galeria precisa de tempo para se estabelecer e começar num momento mau, significa que quando o momento for bom, já estão mais preparados. Eu vi gente a sofrer, lutar, reinventar-se, reinventar-se digitalmente, e também estreitar muito as relações com os seus colecionadores e fazer um trabalho local que é importante. Acho que vamos ver isso refletido. Apesar de ter sido duro, difícil e complicado para todos, eu confio que vamos encontrar um pouco de luz em todo este trabalho também feito pelas galerias.
E a relação da ARCO com Lisboa? O protocolo com a câmara de Lisboa teve uma adenda que permitiu a realização da feira deste ano. Espera que o protocolo seja renovado?
A relação com Lisboa será até que Lisboa e a sua cena artística queiram! Acho que não tem fim. Porque é um projeto, como disse o autarca de Lisboa, e isso deixou-me muito feliz, que está em crescimento. Foi um crescimento afetado pela pandemia, mas pensamos o agora como o ponto zero, mas com ideia de haver um crescimento e uma relação futura sem limite.