​Reforço de 500 milhões na Saúde permite contratar mais profissionais até dezembro
11-06-2020 - 18:48
 • Lusa

Secretária de Estado Jamila Madeira considera que com o reforço de verbas para a Saúde, Portugal vai ter “novamente” mais instrumentos para prosseguir o investimento naquele setor.

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O reforço de 504,4 milhões de euros para a saúde no Orçamento de Estado 2020 vai permitir contratar profissionais até dezembro e integrar os contratados na fase de estado de emergência, garante a secretária de Estado da Saúde.

“Prevemos, assim, a contratação de mais profissionais de saúde até dezembro, bem como a integração dos profissionais que foram contratados na fase de emergência. Ou seja, teremos um acréscimo de 4,5% face ao Orçamento aprovado para 2020”, declarou a secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, durante a conferência de imprensa diária de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus (covid-19).

Jamila Madeira considerou que com o reforço de verbas para a Saúde, Portugal vai ter “novamente” mais instrumentos para prosseguir o investimento naquele setor.

“Conforme anunciado pelo Plano Estabilização Económica e Social este investimento [504,4 milhões de euros], permitirá dar corpo aos objetivos prioritários que assumimos neste contexto de emergência de saúde pública, de recuperação da atividade assistencial, de reforço da resposta de medicina intensiva, de resposta da rede laboratorial, de valorização dos profissionais do SNS e da saúde pública e de reforço nas redes de sistemas de informação em saúde”, explicou a governante.

Jamila Madeira observou que apesar do “esforço de todos” para que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tenha cumprido a sua missão na resposta à pandemia, o Governo quer ir “mais longe”.

“Estamos a construir, pedra a pedra, empenhando os recursos do país e de todos nós neste que é um dos pilares da nossa democracia. Um SNS mais robusto, cada vez mais resiliente e apto a continuar a transmitir a confiança e segurança que os portugueses precisam e merecem para encarar o futuro”, concluiu.

Portugal regista hoje 1.504 mortes relacionadas com a covid-19, mais sete do que na quarta-feira, e 35.910 infetados, mais 310, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde.

Em comparação com os dados de quarta-feira, em que se registavam 1.497 mortes, hoje constatou-se um aumento de óbitos de 0,46%. Já os casos e infeção subiram cerca de 0,9%

Na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde se tem registado maior número de surtos (14.161), há mais 283 casos de infeção do que na quarta-feira (cerca de 2%).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados, embora com menos mortes.

Portugal entrou no dia 3 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.