As forças militares russas puseram fim ao período de acalmia aos bombardeamentos a Alepo esta terça-feira, com uma ofensiva que, de acordo com a agência Reuters, se concentrou na parte oeste da cidade.
O fim da pausa, que tinha sido declarada há um mês, causou três mortos, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
A Reuters identifica a aviação russa como fonte dos bombardeamentos, mas o ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, nega que haja uma quebra na “pausa humanitária”, declarando que nenhum míssil russo nem nenhum jacto do exército sírio atingiu Alepo, nos últimos 28 dias.
Shoigu acrescentou, contudo, que os bombardeamentos contra os rebeldes sírios vão continuar.
O governado de Damasco reconheceu, a uma televisão estatal, que a força aérea síria se juntou à ofensiva contra as “fortalezas terroristas”. O governo russo fala de um ataque ao Estado Islâmico, mas fora de Alepo.
“As nossas casas estão a tremer por causa da pressão. Helicópteros estão a sobrevoar-nos e os bombardeamentos acontecem por todo o lado”, disse à Reuters Modar Shekho, residente no leste da cidade.
Os bombardeamentos desta terça-feira põem fim ao período de acalmia declarado pelo governo sírio e pelas forças militares russas, a 18 de Outubro.
A guerra na Síria já dura há mais de cinco anos e Alepo é, hoje, a área menos segura do país. Na parte leste da cidade, cercada desde Julho, vivem cerca de 250 mil civis.