O Presidente norte-americano assinou a Lei de Redução da Inflação, que classificou como “uma das mais importantes da história” do país. A Lei procurará garantir “equidade” entre os cidadãos, perante as duras consequências económicas da pandemia.
"Não se trata apenas do hoje, trata-se do amanhã. Trata-se de trazer progresso e prosperidade para as famílias norte-americanas, mostrando aos norte-americanos que a democracia ainda funciona nos Estados Unidos, apesar de toda a conversa sobre o seu fim", disse Joe Biden num evento na Casa Branca.
"Com esta lei, o povo americano venceu e os interesses especiais perderam”, acrescentou o chefe de Estado democrata, após promulgar o mega plano fiscal, climático e de saúde.
Aprovada pelo dividido Congresso, esta legislação prevê quase 375 mil milhões de dólares (368,9 mil milhões de euros) em programas climáticos e de energia destinados a ajudar o país a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em cerca de 40% até 2030.
Segundo uma equipa de cientistas, a lei promulgada na terça-feira, que prevê o maio rinvestimento alguma vez feito pelos Estados Unidos no clima, é insuficiente, mas deve reduzir o aquecimento global no futuro.
Apesar do esforço, os Estados Unidos ainda não estão a fazer a sua parte para ajudar o mundo a combater a subida da temperatura, refere uma nova análise das organizações que elaboram o índice Climate Action Tracker (CAT) de cada país.
Os cientistas classificaram a ação norte-americana “como insuficiente”, mas elogiaram algum progresso, noticia a agência Associated Press (AP).
“Esta é a melhor coisa que aconteceu aos EUA em política climática. Quando pensamos nas últimas décadas, sem querer ser indelicado, há muita conversa, mas pouca ação”, salientou Bill Hare, diretor da Climate Analytics na Austrália. Esta ação ainda não se compara com a Europa, pois os norte-americanos ainda produzem duas vezes mais gases de retenção de calor por pessoa que os europeus, alertou Hare.
A Lei de Redução da Inflação visa vários objetivos partidários dos democratas, ligados ao combate às alterações climáticas e ao acesso a cuidados de saúde.
O pacote será financiado, em grande parte, por aumentos de impostos, incluindo um novo imposto sobre recompras de ações de empresas e um imposto mínimo de 15% para empresas com lucros muito elevados.