A Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido e a homóloga francesa decidiram seguir o exemplo de outros países esta terça-feira e banir o uso de aparelhos Boeing 737 MAX 8 em todo o território e espaço aéreo britânicos.
Continua a investigação para tentar perceber porque é que se despenhou o avião da Ethiopian Airlines, no passado domingo, mas o facto de um aparelho idêntico se ter despenhado na Indonésia, há cinco meses, por causa de um problema técnico, está a levar um crescente número de países a proibirem que estes aviões sejam operados nos seus espaços aéreos, bem como companhias aéreas a estacionarem as suas frotas deste modelo até novas indicações.
Até à tarde desta terça, pelo menos 20 países já estavam a seguir o exemplo: a par do Reino Unido e de França, também a Austrália, Áustria, Brasil, Ilhas Caimão, China, Etiópia, Alemanha, Índia, Indonésia, Islândia, Irlanda, Malásia, México, Noruega, Omã, Singapura, Coreia do Sul e Turquia impuseram limites ou total proibição à circulação destes Boeing.
Um porta-voz da Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido afirmou que “uma vez que ainda não temos informação suficiente da caixa negra, emitimos, como medida de precaução, instruções para impedir a chegada, partida ou sobrevoo de espaço aéreo do Reino Unido por qualquer voo comercial de passageiros”.
A operadora Tui Airways tem cinco destes aparelhos baseados no Reino Unido, que ficam assim impedidos de operar. A operadora utiliza-as principalmente para chegar a destinos turísticos, como Marraquexe, Agadir, Chipre e também o Funchal, na Madeira.
Existem ainda várias outras operadoras que usam este avião no Reino Unido, incluindo a Turkish Airlines e a Norwegian Air, que esta terça-feira também anunciou que vai suspender toda a sua frota de de Boeing 737 MAX 8 de imediato.
Em Portugal, segundo a Autoridade Nacional de Avião Civil, a responsabilidade de proibir o uso destes aviões cabe à entidade europeia.
A queda do avião da Ethiopian Airlines levou à morte instantânea dos 157 passageiros.
[atualizado às 17h00 com o número de países que já baniram este modelo da Boeing]