Adiar cirurgias programadas e rever planos de contingência podem fazer parte da solução para aliviar a pressão nas urgências. É o que defende o presidente da Associação de Administradores Hospitalares, em resposta à decisão da Liga dos Bombeiros de cobrar aos hospitais que retenham macas.
À Renascença, o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares diz que não acredita na eficácia da medida, que diz "não vai defender o problema de fundo das urgências".
Xavier Barreto considera que cada hospital deve redefinir estratégias de prevenção e organização.
"É preciso que cada hospital analise o seu plano de contingência e que perceba se faz ou não sentido escalar o plano de contingência, eventualmente protelando alguma atividade programada, ou seja adiar algumas cirurgias".
Xavier Barreto diz compreender a posição da Liga, mas considera que o problema não vai ficar resolvido.
"Eu percebo as dificuldades dos bombeiros e reconheço que existe um problema com as macas, este é um problema grave e as corporações têm razão no sentido em que esta devolução tardia das macas prejudica a operacionalidade das ambulâncias".
O responsável admite ainda que a situação nos hospitais possa piorar se nada for feito.