48 horas
27-03-2022 - 00:00
 • José Bastos

Nuno Botelho, Bruno Reynaud de Sousa e José Alberto Lemos na análise da guerra e da composição do novo governo.

Bruxelas acolheu uma cimeira extraordinária da NATO, uma reunião do G7 e, não menos importante, um Conselho Europeu, com duas condicionantes na agenda: a preocupação com o evoluir da guerra na Ucrânia e com o aumento do preço dos combustíveis e da energia. Três cimeiras em menos de 48 horas.

Com Joe Biden na cidade, a capital belga foi o epicentro das movimentações diplomáticas na resposta ao maior erro estratégico de Putin: conseguir revitalizar a NATO, unir o Ocidente, até aqui dividido e, no caminho, destruir a economia russa.

Na primeira cimeira presencial da NATO desde o início da guerra, o presidente Zelensky pediu aviões e tanques numa intervenção - via digital – com Jens Stoltenberg a garantir que os aliados fazem o que podem. O secretário geral da aliança lembrou, em tom dramático, que a organização tem a responsabilidade de evitar que este conflito se transforme na Terceira Guerra Mundial.

Já no campo de batalha, à entrada da quinta semana de guerra resulta claro que o plano A de Putin foi derrotado. Na opinião dos especialistas militares a progressão da invasão russa está estagnada com a resistência ucraniana a recuperar posições.

A Rússia perdeu a iniciativa militar e o momento atual do conflito é já aquele ponto de impasse quando nenhum dos beligerantes é capaz de mudar de maneira substantiva as linhas da frente.

A campanha russa vai sofrer ajustes? Vai Moscovo concentrar os esforços militares apenas na região leste? Até onde irá Putin mudar os objetivos de uma campanha que não correu como o planeado?

A análise dos ângulos militares e geopolíticos é de Nuno Botelho, Bruno Reynaud de Sousa e José Alberto Lemos que olham também para a composição do novo governo.