António Costa. “Todas as polémicas [antes da JMJ] foram absurdas"
06-08-2023 - 18:35
 • Renascença

Primeiro-ministro destacou a mobilização da juventude e as palavras de Francisco para “todos”, mesmo os “não crentes”.

O primeiro-ministro António Costa considera que, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o Papa Francisco "deixou-nos uma palavra de mobilização da juventude e para a inquietação que a juventude deve ter para se mobilizar para enfrentar as grandes causas que a humanidade tem pela frente: a paz, o combate ecológico, o combate contra as desigualdades, a necessidade de todos nos apoiarmos uns aos outros e sobretudo a mensagem de que só com valores é que uma sociedade é uma comunidade foi “de grande alegria, muita energia e muito orgulho”.

Ainda no hangar do aeródromo Figo Maduro, António Costa considerou que a JMJ "foi um momento de grande alegria, de muita energia e acho que todo o país tem seguramente muito orgulho na forma como isto tudo decorreu".

"A vinda do Papa Francisco teve uma palavra que transcende em muito os crentes e toca quem tem outras crenças ou não tem crenças. Dirigiu-se a todos, algo que o Papa sublinhou muito", referiu.

Por outro lado, o governante aproveitou para referir que “todas as polémicas [antes da JMJ] foram absurdas. Como foram absurdas as polémicas há 25 anos sobre a Expo e como foram absurdas as polémicas sobre o Euro 2004. Como se viu o país tem capacidade para organizar e organizar bem".

António Costa não tem dúvidas: “Ao longo dos próximos anos vamos continuar a colher muitos frutos desta Jornada. Porventura o fruto mais importante de todos é como os jovens vão interpretar as palavras do Papa Francisco e como vão utilizá-las para convertê-las em ação".

Questionado sobre se o discurso do Papa estava de acordo com a ação do seu executivo, Costa respondeu: "Há uma grande consonância entre a trajetória do país e a mensagem fundamental do Papa Francisco. Desde logo o reconhecimento e a aceitação das diferenças".

"Quando o Papa Francisco diz que temos de olhar para os mais desfavorecidos eu revejo-me naquilo que tem sido a trajetória que muita gente criticou de aumento muito significativo, mesmo nos momentos mais difíceis, como durante a pandemia da Covid-19, do salário mínimo nacional porque é a forma de remunerar melhor quem trabalha e presta serviços essenciais à vida de todos nós", acrescentou.