O PSD vai ter eleições diretas a 27 de novembro. O congresso decorrerá nos dias 17, 18 e 19 de dezembro. Venceram as propostas de Paulo Rangel com 76 votos a favor, 28 votos contra e 18 abstenções.
Outra vitória do eurodeputado e candidato à liderança no Conselho Nacional social-democrata foi a das quotas. Só podem votar os militantes com quotas pagas.
A proposta de Rui Rio que propunha a antecipação das diretas para 20 de novembro e alargar a votação a todos os militantes ativos também foi chumbada. A proposta foi rejeitada com 71 votos contra e 40 votos a favor.
Rio volta a perder uma votação no Conselho Nacional, tal como acontecer há três semanas.
Os conselheiros também rejeitaram uma proposta de Alberto João Jardim para não realizar eleições diretas antes das legislativas de 30 de janeiro de 2022.
Em declarações aos jornalistas no final do Conselho Nacional, que decorreu este sábado em Aveiro, o candidato à liderança do PSD Paulo Rangel garantiu ter “total segurança jurídica” relativamente às datas aprovadas para as eleições diretas e o congresso social-democrata.
Segundo Rangel, o Conselho Nacional era apenas para redefinir datas. "Não conheço nenhum país em que, estando aberto um processo eleitoral, as regras eleitorais - de quem vota e de quem não vota - mudam a meio do processo. Nunca vi. Seria a primeira vez", disse o candidato sobre a proposta de Rui Rio de deixar votar todos os militantes ativos, mesmo com algumas quotas em atraso.
“O mais curioso é que a pessoa que há mais de 30 anos faz a campanha mais feroz contra a abertura dos cadernos eleitorais, agora, por um milagre, apareceu aqui neste Conselho Nacional a defender a abertura deste caderno eleitoral a meio do processo”, estranha Paulo Rangel.
O eurodeputado fez, este sábado, um “apelo massivo aos militantes do PSD que ainda não pagaram as suas quotas, que as paguem” e pede a Rio que faça parte desse apelo.
Paulo Rangel considera que o PSD viveu “um Conselho Nacional à moda antiga, com tudo o que tem de bom”. Rangel considera que este foi “um exercício de democracia viva e interessante”.
Já Rui Rio, o presidente do PSD e recandidato à liderança do PSD, começou por lamentar que haja eleições internas e acusou a campanha de Paulo Rangel de ter “medo”, ao rejeitar que todos os militantes, "com quota paga no ano passado ou no presente ano", possam votar nas diretas.
"Pelos vistos, se alguém tem medo das eleições e do voto dos militantes todos, porque duplicava o caderno eleitoral, pelos vistos são os outros que me acusavam de ter medo. Eu nunca tive medo de ir a eleições. Legitimidade também não me falta. Termino o mandato em fevereiro, quando as eleições são em janeiro, portanto, todas as acusações caem por terra."
"Nós quisemos deixar votar os militantes todos e o conselho nacional teve medo, porque, atenção, esse voto foi de braço no ar. Os apoiantes do dr. Rangel tiveram medo de que no caderno eleitoral fossem os militantes todos", acusou Rui Rio.