Desemprego nos 6,9%. É a primeira vez que a taxa sobe desde fevereiro de 2016
30-10-2018 - 12:51

Se a estimativa provisória para setembro se concretizar, a taxa passará para o valor mais baixo dos últimos 16 anos.

A taxa de desemprego subiu pela primeira vez desde fevereiro de 2016 e atingiu, em agosto, os 6,9%, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta terça-feira.

“Em agosto de 2018, a taxa de desemprego situou-se em 6,9%, mais 0,1 pontos percentuais (p.p.) que no mês anterior, menos 0,1 p.p. em relação a três meses antes e menos 1,8 p.p. que no mesmo mês de 2017”, refere o INE.

“Aquele valor representa uma revisão em alta, de 0,1 p.p., da estimativa provisória divulgada há um mês. É a primeira vez, desde fevereiro de 2016, que se observa um aumento mensal da taxa de desemprego”, lê-se no comunicado do INE sobre as estimativas mensais de emprego e desemprego de setembro de 2018.

Em agosto de 2018, a população desempregada foi estimada em 358,6 mil pessoas, tendo aumentado 2,4% (8,4 mil) em relação a julho de 2018 e diminuído 1,3% (4,7 mil) em comparação com maio de 2018 e 20,5% (92,3 mil) em relação a agosto de 2017.

As taxas de desemprego dos jovens e dos adultos no mesmo mês avançaram para 20,3% (dos 19,7% apurados em julho) e 5,9% (dos 5,8% do mês precedente).

Para setembro, o INE faz uma estimativa provisória da taxa de desemprego de 6,6%, o que representa uma diminuição de 0,3 pontos percentuais em relação ao mês anterior e 1,9 pontos percentuais em comparação com setembro de 2017. É o valor mais baixo dos últimos 16 anos.

Em setembro de 2018, a população desempregada estimada foi de 340,4 mil pessoas, uma diminuição de 5,1% (18,2 mil) em relação ao mês anterior (agosto de 2018), 3,4% (11,8 mil) em relação a três meses antes (junho de 2018) e 22,7% (100,1 mil) em comparação com o mês homólogo.

As taxas de desemprego dos jovens e dos adultos foram estimadas em 19,6% e 5,6%, respetivamente, com ambas diminuíram em relação ao mês precedente (0,7 pontos percentuais e 0,3 pontos percentuais, respetivamente), de acordo com as estimativas provisórias do INE.