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O primeiro-ministro espera que as medidas tomadas pela Suíça, de exigir aos viajantes de Portugal quarentena e um teste negativo, sejam transitórias.
António Costa compreende, no entanto, a decisão das autoridades suíças.
“Nós sabemos, para já, que até ao momento é um surto muito localizado e pode não ter tido outras extensões, mas ainda não sabemos. É natural que países, quando vêem este nível de casos, adotem medidas. Acho que vão ser medidas provisórias”, explica.
Esta quarta-feira, Portugal entra em situação de calamidade, com novas regras. O primeiro-ministro acredita que todos vão cumprir, mesmo que “a contragosto”.
“A minha confiança é a confiança de que os portugueses aderirão a estas normas, a contragosto, evidentemente, já estamos todos muito saturados desta situação, mas há uma coisa que sabemos. A única forma de sairmos mais fortes desta pandemia é todos aderirmos a estas normas”, explica.
Entre as novas medidas está a necessidade de certificado de vacina para ir a restaurantes, e de teste para entrar em discotecas. “Quando temos de apresentar o certificado de vacinação à entrada de um restaurante, isto reforça a confiança que todos podemos ter de ir a um restaurante em segurança. Quando é exigida a existência de um teste para uma atividade onde obviamente há uma grande intensidade de relacionamento interpessoal, uma grande proximidade, como numa discoteca, se existe também um teste, as pessoas ficam a saber que indo às discotecas estão mais seguras do que se fossem lá sem que houvesse o teste”.
Para já as medidas estão definidas, mas o primeiro-ministro avisa que se for necessário ir mais longe é isso que fará. “Temos de estar sempre atentos para poder tomar uma nova medida caso seja necessária. O que todos desejamos é que não seja necessária, mas se for necessária cá estamos para adotar as medidas.”
Na resposta, o primeiro-ministro salientou ainda que o país já está "há quase dois anos nesta pandemia", tendo retirado duas lições: a necessidade de "adotar medidas o mais cedo possível e que perturbem o mínimo possível a vida das pessoas, o esforço de recuperação da economia e a proteção dos empregos das empresa", e a necessidade de se "estar sempre atento para ter que tomar uma nova medida caso ela venha a se tornar necessária".
António Costa falava com os jornalistas à margem das cerimónias do Dia da Restauração, em Lisboa.