O presidente do CDS-PP diz ser "simplesmente criminoso" e sem "nenhuma razão de ser" o processo de extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), agora adiado pelo Governo.
"Quando há crimes, os crimes são basicamente julgados e as pessoas sancionadas, mas isso vale para o SEF como vale para os partidos políticos, como vale para uma empresa. O que está a ser feito ao SEF é simplesmente criminoso", afirmou o líder centrista.
Em declarações aos jornalistas, durante uma visita à feira agropecuária Ovibeja, que está a decorrer na cidade de Beja, Nuno Melo lembrou que o seu partido pronunciou-se sobre a extinção do SEF "antes de qualquer outro partido", aquando da sua tomada de posse como presidente centrista.
E elogiou o "enorme profissionalismo" do SEF, que é "responsável por um sucesso manifesto que a Europa admira".
Isto graças aos "1.700 profissionais que, todos os dias, trabalham" neste organismo e que, em virtude do processo de extinção, "não sabem o que lhes vai acontecer no futuro", acrescentou.
A extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, "até por este sucesso, não tem nenhuma razão de ser", argumentou o presidente do CDS-PP.
Portugal, graças ao trabalho do SEF, tem mostrado "alguns dos melhores exemplos" no que respeita ao acolhimento de refugiados vindos da Ucrânia, devido à guerra, disse. "Isso deve-se ao SEF, ao seu profissionalismo" e "nenhuma instituição pode ser penalizada" ou "sancionada por aquilo que uma ou duas ou três pessoas praticam de errado, não tendo em conta todo o universo da sua realidade", sublinhou.
Na sexta-feira, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, anunciou que o Governo decidiu adiar a extinção do SEF, prevista para maio, devido à necessidade de amadurecer as alterações previstas, nomeadamente ao nível da formação de quem ficará no controlo aeroportuário.