As autoridades japonesas revelaram que pelo menos três pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas, na sequência do sismo de magnitude 7,3 ocorrido ao largo de Fukushima, no nordeste do Japão.
O hipocentro do sismo, registado na quarta-feira, às 23h36 (14h36 em Lisboa), situou-se a 57 quilómetros de profundidade, indicou a Agência Meteorológica do Japão.
O abalo desencadeou um alerta de tsunami, cancelado cinco horas depois, tendo sido registadas esta madrugada ondas de 20 a 30 centímetros de altura, nas cidades costeiras de Ishinomaki, Sendai e Soma.
Centenas de pessoas que viviam na costa de Fukushima e Miyagi foram retiradas, noticiou a cadeia de televisão japonesa NHK.
Após uma primeira avaliação, foram registados feridos e mortos em sete prefeituras, e extensas interrupções no fornecimento de eletricidade que afetaram 42.600 povoações em todo o país, incluindo zonas de Tóquio.
O operador da central nuclear indicou que o sismo desencadeou a ativação de um alarme de incêndio e a interrupção de um sistema de refrigeração do combustível nuclear usado e armazenado, embora sem variações nos níveis de radiação.
Comboio de alta velocidade suspenso
O serviço de comboio de alta velocidade [Shinkansen], na ligação entre a capital e o norte do país, foi suspenso na manhã desta quinta-feira, devido ao descarrilamento, entre Fukushima e Shiroishizao, de uma destas composições na linha Tóquio-Sendai.
Nenhum dos 75 passageiros e três tripulantes sofreu ferimentos, disse a operadora ferroviária japonesa JR East.
A Agência Meteorológica do Japão pediu aos cidadãos que tomem precauções contra o risco de sismos de intensidade semelhante nas mesmas áreas nos próximos dias.
Pelo menos 18.500 pessoas morreram ou desapareceram em 11 de março de 2011, na sequência do sismo de magnitude 9,0 e do tsunami que se seguiu.
A massa de água invadiu a central nuclear de Fukushima Daiichi, construída junto à costa. Os núcleos de três reatores entraram em fusão, causando a pior catástrofe nuclear civil desde Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.