O clássico do Dragão acabou por deixar (quase) tudo na mesma, enquanto o Sporting de Braga deu ontem o grande salto, subindo ao segundo lugar da tabela, onde ameaça manter-se por muito tempo.
Já o Benfica, apenas hoje à noite nos vai dizer se a rotina leva um safanão e mostra finalmente bom futebol ou se, pelo contrário, nem o discurso de Luís Filipe Vieira conseguiu abanar.
Mas viremo-nos então para o Dragão, onde o Sporting deu um passo muito importante para chegar (finalmente) à conquista do título de campeão.
Esse era o segundo melhor resultado pelo qual os leões iriam lutar, sendo que o primeiro, a vitória, nunca pareceu muito ao alcance dos comandados de Rúben Amorim ao longo dos noventa minutos de jogo.
Em teoria, o que se viu não foge muito a esta ideia fundamental: o Futebol Clube do Porto não foi capaz de tudo fazer e que seria necessário para chegar à vitória, enquanto o Sporting Clube de Portugal, muito pragmático, ousou e conseguiu trabalhar atinadamente para não sair derrotado da refrega.
Não foi um jogo digno de um clássico, exatamente devido às duas razões que acabámos de apontar. O bom futebol raramente se viu, e as oportunidades de golos não surgiram em profusão. E quando esses momentos ficaram à vista, o resultado foi sempre o mesmo, isto é, desperdício.
Feitas as contas, os leões recolheram os melhores proveitos, ou seja, mantiveram a vantagem robusta sobre a concorrência e, de igual modo, o mesmo olhar para um título que, cada vez mais, parece estar ali ao alcance da mão.
Olhando para este desfecho de forma mais abrangente, importa acrescentar que as consequências também muito visíveis têm a ver com a luta que no futuro imediato vai ser travada tendo em vista a Liga dos Campeões do próximo ano.
E essa é sempre uma questão relevante, sobretudo, porque envolve milhões.