Um tribunal francês declarou nula a condenação do cardeal Philippe Barbarin, arcebispo de Lyon por encobrimento de abusos sexuais de um padre da sua diocese.
O cardeal francês foi condenado em primeira instância, em março de 2019, a seis meses de prisão, com pena suspensa, por não ter denunciado comportamentos pedófilos de um dos padres da sua diocese, a diocese de Lyon.
O sacerdote em causa, Bernard Preynat, reconheceu publicamente, em janeiro de 2016, ter abusado sexualmente de menores, nomeadamente de escuteiros que tutelou, nos anos 80 e 90.
O cardeal Barbarin foi acusado de ter sabido das queixas, mas nunca ter denunciado o caso às autoridades.
Aquando da condenação o cardeal chegou a pedir a renuncia do cargo, mas o Papa Francisco recusou, invocando "a presunção da inocência". Em junho de 2020 o Vaticano decretou que embora Barbarin pudesse manter o título de arcebispo de Lyon, seria substituído na gestão diária da diocese por um administrador apostólico.
Anulada a condenação, e tendo em conta que Barbarin está a seis anos da idade em que será obrigado a apresentar a sua resignação, é possível que volte a assumir as rédeas da arquidiocese.