Até agora, a invasão russa fez 198 mortos, entre os quais três crianças, e mais de mil feridos, segundo o ministro da Saúde ucraniano.
Cerca de 20 mil pessoas entraram na Roménia, vindas da Ucrânia, desde que na quinta-feira o exército russo lançou uma ofensiva militar contra o regime de Kiev.
De acordo com informações avançadas pela agência Efe, a passagem de fronteira mais movimentada é a que liga a província ucraniana de Chernivtsi, no sudoeste do país, com a província romena de Suceava.
"Há uma fila de até 35 quilómetros do outro lado da fronteira", referiu Alin Duca, assistente social da cidade fronteiriça de Siret, no lado romeno, adiantado que as forças policiais ucranianas estão a deixar passar, espaçadamente, carros e autocarros, apenas permitindo que grupos de cinco a dez pessoas passem a cada meia hora.
Perante este compasso de espera e a lentidão no avanço da fila, muitos optam por sair dos carros e autocarros e caminhar quilómetros para atravessar a pé.
Alin Duca, que passou a noite junto à fronteira, oferecendo água, chá e comida aos refugiados que iam chegando, disse à Efe que "80% são mulheres e crianças".
Uma parte dos refugiados são membros da minoria romena na Ucrânia e têm familiares ou amigos no país de acolhimento. É este o caso de Suzanna, uma estudante de economia de 20 anos de idade, da cidade de Chernivtsi, onde as tropas russas ainda não chegaram.
Suzanna chegou à fronteira com o irmão mais novo e dois primos, transportados pelo carro da tia que se despede deles no lado romeno da fronteira e regressa a Chernivtsi.
Durante a noite, as ruas de Kiev voltaram a ser palco de confrontos. O Presidente da Ucrânia recusou sair do país e pediu à população que não acredite em notícias falsas.
Até agora, a invasão russa fez 198 mortos, entre os quais três crianças, e mais de mil feridos, segundo o ministro da Saúde ucraniano.