O Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) lançou um apelo às empresas nacionais que ajudem a integrar migrantes e refugiados através da contratação para empregos com "condições humanitárias laborais dignas".
Em comunicado e para assinalar o Dia Internacional dos Direitos Humanos, a organização internacional da Igreja Católica, adianta que através do portal "Ofereça um Emprego" no "site" do JRS, as empresas podem solicitar a ajuda do serviço e encontrar potenciais candidatos.
De acordo com a JRS, os candidatos estão aptos para trabalhar em diferentes áreas como cuidados geriátricos, serviços domésticos, acompanhamento a crianças, restauração, hotelaria, construção civil, logística, serviços administrativos, entre outras.
"Posteriormente, o gabinete de Emprego do JRS seleciona os candidatos, proporciona a sua formação e acompanha-os no processo pós-contratação, desenvolvendo também um trabalho de proximidade com os próprios empregadores, facilitando processos de integração e desenvolvimento profissional", refere a organização.
Esta campanha de sensibilização de apelo às empresas será, segundo a organização, feita nas redes sociais do JRS, "através da partilha de histórias reais de trabalhadores migrantes e refugiados que se encontram "presos" a um trabalho que lhes permite sobreviver - mas não viver com a dignidade e respeito que merecem e que está expressa na Declaração Universal dos Direitos Humanos".
O diretor da JRS, André Costa Jorge, reforça, citado na nota, não estar "só à procura de uma fonte de rendimento ou ocupação para os migrantes e refugiados" que conseguiram ajudar, "mas também de uma oportunidade, aliada ao respeito e dignidade, para quem quer começar uma nova vida e contribuir para a sociedade onde é integrado através do trabalho".
A JRS adianta que ao longo dos últimos cinco anos, já encontrou emprego para 1.636 migrantes.
Em 2020, apesar dos efeitos da pandemia de Covid-19 foram integradas mais de 163 pessoas pelo JRS ao nível laboral.