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A estirpe brasileira do novo coronavírus ainda não foi detetada em Portugal, garantiu à Lusa o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), que tem a decorrer desde março um estudo sobre as variantes do SARS-CoV-2.
Esta estirpe “ainda não foi detetada em Portugal”, adiantou fonte do INSA, ao salientar que, desde o primeiro momento da pandemia, estão a ser estudadas as mutações do vírus que provoca a Covid-19.
A estirpe brasileira do SARS-CoV-2 está na base da decisão do Governo britânico de suspender as ligações aéreas de Portugal e Cabo Verde para Inglaterra, uma medida que foi anunciada hoje pelo ministro dos Transportes.
"Tomei a decisão urgente de proibir chegadas da Argentina, Brasil, Bolívia, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela a partir de sexta-feira após informação sobre uma nova variante no Brasil”, anunciou o ministro dos Transportes, Grant Shapps, através da rede social Twitter.
As viagens de Portugal para o Reino Unido também serão suspensas "devido aos seus laços fortes com o Brasil, funcionando como mais uma forma de reduzir o risco de importação de infeções”, acrescentou.
No entanto, o Governo britânico vai isentar deste bloqueio os camionistas que viajem a partir de Portugal para permitir a circulação de bens essenciais e também aos cidadãos britânicos e irlandeses e nacionais de países terceiros com direito de residência, que poderão entrar no país, mas cumprir quarentena de 10 dias.
A decisão foi tomada esta quinta-feira numa reunião do comité ministerial 'Covid-O', com base em informação de especialistas do Grupo Consultivo de Ameaças de Vírus Respiratórios Novos e Emergentes (Nervtag) sobre novos vírus, composto por cientistas que aconselham o Governo sobre a pandemia de Covid-19.