O Presidente da República defendeu, esta segunda-feira, que, face à invasão russa da Ucrânia, "os investimentos em Defesa e Segurança e a cooperação entre aliados" na região euro-atlântica "são mais importantes do que nunca".
Numa intervenção em inglês, na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que "a diplomacia deve ser sustentada por credibilidade militar para trazer estabilidade à Europa" e enalteceu a importância do "compromisso político entre as democracias da América e da Europa".
Segundo o chefe de Estado, a guerra na Ucrânia mostrou que não há "um declínio inexorável do euro-atlântico", que descreveu como "o mais valioso bloco económico e de comércio" e "o centro da liberdade e da democracia", onde foram alcançados progressos que jovens das outras partes do mundo ambicionam.
"Mas, para reforçar esses princípios, quando a guerra regressou à Europa da forma mais brutal, os investimentos em Defesa e Segurança e a cooperação entre aliados são mais importantes do que nunca", defendeu.
O Presidente da República, que falava durante um encontro de políticos luso-americanos eleitos para câmaras legislativas dos Estados Unidos da América organizado pela FLAD, declarou que Portugal quer participar "no reforço coletivo da Aliança Atlântica".
Sobre a invasão da Ucrânia pela Federação Russa, iniciada em 24 de fevereiro, sustentou que tem havido "coesão nacional no apoio à Ucrânia" e que, "apesar da posição singular do PCP acerca da guerra", foi alcançado no parlamento "um consenso de apoio à resistência democrática da Ucrânia".
Marcelo Rebelo de Sousa disse que "Portugal esteve com a Ucrânia, desde a primeira hora", apoiando "sanções contra a Rússia, ajuda militar à Ucrânia, apoio humanitário a refugiados" e comprometendo-se "com as decisões da NATO e da União Europeia".
"Eu e o Presidente [da Ucrânia] Zelensky falámos sobre este compromisso português muito cedo, no começo de março, em linha com a próxima relação desde a sua eleição no ano passado", referiu.
"O Presidente, o Governo, o parlamento, os municípios locais, todos estiveram juntos na defesa das decisões nacionais humanitárias, políticas, diplomáticas, financeiras e militares em relação à Ucrânia e às nossas alianças", acrescentou.