Os trabalhos do Sínodo sobre a sinodalidade na Igreja terminaram este sábado à noite com a publicação de um relatório que sintetiza um vasto leque de temas, questões e propostas. Este texto será agora proposto à igreja universal para ser aprofundado e depois reavaliado com novos contributos, com vista à próxima assembleia sinodal de outubro de 2024.
O relatório, publicado este sábado, foi aprovado por maioria de dois terços. Alguns pontos, no entanto, receberam dezenas de votos contra, relacionados com temas mais polémicos, como o acesso das mulheres ao diaconado, as questões de género ou o fim do celibato sacerdotal.
Na conferência de imprensa desta noite, o secretário-geral do Sínodo, cardeal Mario Grech, sublinhou que esta é só a primeira etapa de um percurso, “ainda com um logo caminho pela frente” e aos que pedem já resultados imediatos, responde que “a sinodalidade é um exercício de escuta prolongado, respeitador e, sobretudo, humilde”.
Por sua vez, o Cardeal Jean-Claude Hollerich, relator geral deste sínodo, classificou o relatório de "amplo, porque enfrenta um leque de questões extremamente rico e ágil, porque os temas estão organizados com clareza”.
Cada tema do relatório está estruturado em três núcleos: “consentimentos”, “questões a ser abordadas” e “propostas” para agora serem aprofundadas até outubro de 2024.
A partir este Relatório-Síntese, aprovado por maioria e entregue ao Santo Padre, será distribuído às conferências episcopais que o deverão confiar às várias comunidades das duas igrejas locais. O cardeal acrescentou ainda que muitos participantes pediram que este texto venha a ser traduzido no maior número de línguas para assim ficar ao alcance do todas as sensibilidades e também da linguagem dos jovens.
Esta assembleia sinodal contou com 365 votantes, entre eles 54 mulheres que pela primeira vez tiveram direito a vota