“O Governo não quer favores do PS. O PS tem é o dever de cumprir o seu compromisso com o país”, disse o primeiro-ministro, Luís Montenegro, em resposta à intervenção do deputado socialista Mendonça Mendes, na abertura do debate do programa de Governo, esta quinta-feira à tarde.
Luís Montenegro em resposta a Mendonça Mendes quis esclarecer qual o propósito que tem. "Acha que quis tomar posse para dizer que sou primeiro-ministro? Quis tomar posse para executar o programa. É assim difícil perceber?", questionou.
O líder do Executivo diz que tem "falado pouco" para se concentrar "naquilo que é importante".
"Houve duas eleições antecipadas no espaço de dois anos. Há um governo que saiu da escolha dos portugueses nas eleições, que se propõe a executar um programa e o Parlamento deve decidir se rejeita ou não rejeita esse programa. Não rejeitando, ainda que com o voto do PS, seja ele qual for, significa que confere ao Governo a possibilidade deste iniciar funções para executar o programa, não é só para tomar posse", argumentou.
Antes, já Pedro Nuno Santos desafiou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, a apresentar uma moção de confiança ao programa de Governo.
Pedro Nuno critica novamente a "arrogância" de Montenegro que diz o socialista quer prender o PS ao programa de Governo por o partido ter anunciado que não deixa passar as moções de rejeição do BE e do PCP.
"Não viabilizaríamos uma moção de rejeição nem viabilizaríamos uma moção de confiança", explica Pedro Nuno Santos.
Sobre a saúde, Montenegro quis sublinhar que a ideia de que a AD "quer privatizar", "favorecer os outros setores é uma conversa estragada e gasta". "Queremos trabalhar para o cidadão, aproveitando a base, SNS, mas também a capacidade instalada no setor social e privado”, acrescenta.