Papa. “A morte e o ódio não podem ter a última palavra"
23-08-2017 - 12:17
 • Ecclesia com redacção

As tragédias dos últimos dias, nomeadamente os atentados terroristas em Barcelona e o terramoto na ilha italiana de Ischia, foram temas da audiência geral desta quarta-feira.

O Papa recordou, esta quarta-feira de manhã, os atentados terroristas da última semana em Barcelona, que custaram a vida a 15 pessoas e fizeram mais de uma centena de feridos, e o terramoto de segunda-feira na ilha italiana de Ischia, que fez dois mortos e 39 feridos.

“Após ter lido as notícias destes dias, após ter visto o telejornal ou a manchete dos jornais, onde há tantas tragédias e se relatam tristes notícias a que todos arriscamos de nos habituar, tentem pensar no rosto das crianças amedrontadas pela guerra, no choro das mães, nos sonhos desfeitos de tantos jovens, nos refugiados que enfrentam viagens terríveis e, tantas vezes, abusados”, pediu.

“Infelizmente, a vida também é isto. Às vezes, até parece ser sobretudo isto. Pode acontecer, mas há um Pai que chora connosco. Há um Pai que chora lágrimas de infinita piedade com os seus filhos. Nós temos um Pai que sabe chorar, que chora connosco” e que, “com uma infinita compaixão, quer consolar cada um com um futuro muito diferente”, garantiu.

Dirigindo-se depois às vítimas do terramoto de Ischia, no Golfo de Nápoles, Francisco deixou a sua “proximidade afectuosa”.

“Rezemos pelos mortos, pelos feridos, pelos seus familiares e todas as pessoas que perderam as suas casas”, completou.

Na sua reflexão, o Papa incentivou ainda todos os cristãos a serem sinal de força e esperança para o mundo, nesta realidade mais difícil que a humanidade atravessa, marcada por tantos pontos de sofrimento.

“Porque os cristãos devem ver um horizonte mais largo: o Reino de Deus, onde todo o mal é banido para sempre”, sustentou, para concluir que “a morte e o ódio não podem ter a última palavra”.