O ministro da Saúde reconhece e "lamenta" os atrasos no acesso a atestados médicos de incapacidade multiuso, mas garante que há "uma enorme recuperação" dos prazos.
"Todo o problema teve origem numa decisão de março de 2020 de interromper as juntas médicas e claro que isto rapidamente gerou uma enorme acumulação", explica, questionado esta tarde pela Renascença.
Na terça-feira, a Renascença avançou com um relato de uma enfermeira com esclerose múltipla que pediu o acesso a uma junta médica em abril, mas que poderá ter de esperar até dois anos.
De acordo com a página do Serviço Nacional de Saúde, a notificação da junta médica para a passagem de um atestado deve acontecer no prazo de 60 dias mas, à Renascença, a Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública confirmou relatos de tempos de espera superiores a dois anos.
O ministro da Saúde defende que "o essencial é responder melhor às pessoas" e refere que "já foram criadas muitas mais juntas médicas".
"Admito que haja ainda casos pontuais de pessoas nessa situação, mas o problema está hoje muito melhor do que há um ano atrás", diz ainda.