O Papa Francisco disse este domingo que Cristo está presente de forma particular nos pobres.
No final da recitação do Angelus, em Roma, Francisco recordou que este domingo se assinala o Dia Mundial dos Pobres, uma efeméride por ele instituída há cinco anos.
“Hoje celebramos o quinto Dia Mundial dos Pobres, que surgiu como fruto do Jubileu da Misericórdia. O tema deste ano são as palavras de Jesus: ‘Os pobres tê-los-ão sempre convosco’. E é verdade. A humanidade progride, desenvolve-se, mas os pobres estão sempre connosco. Neles está presente Cristo. Nos pobres está presente Cristo”, sublinhou Francisco.
O Papa disse então que o grito dos pobres se fez ouvir precisamente no sábado. “O grito dos pobres, unido ao grito da terra, fez-se ouvir ontem na Cimeira das Nações Unidas sobre as Alterações Climática, o COP26, em Glasgow. Encorajo todos os que têm responsabilidades políticas e económicas a agira rapidamente, com coragem e visão, e ao mesmo tempo convido todos os homens de boa-vontade a exercer a cidadania ativa para o cuidado da Casa Comum.”
A este respeito Francisco recordou que “nesta Jornada Mundial dos Pobres, abrem-se as inscrições para a Plataforma Laudato Si', que promove a ecologia integral.”
Antes, durante a meditação sobre o Evangelho deste domingo, Francisco aproveitou para explicar aos fiéis a importância de se concentrarem nos bens eternos, e não nos que passam.
“E nós, em que é que estamos a investir a nossa vida? Em coisas passageiras, como o dinheiro, o sucesso, a aparência, o bem-estar físico? Estamos presos a coisas terrenas, como se fôssemos viver para sempre?”
“A Palavra de Deus de hoje adverte: as coisas deste mundo passarão. E apenas o amor permanecerá. Edificar a nossa vida sobre a Palavra de Deus, contudo, não é um fugir à história, é um imergir na realidade terrena para torná-la salgada, para a transformar com o amor, imprimindo-lhe o sinal da eternidade, o sinal de Deus”, disse o Papa.
“Aqui vos deixo um conselho para as escolhas importantes. Antes de decidir, imagine-se diante de Jesus, como no final da vida, diante dele que é Amor. Pensando-nos aí, junto a Ele, no limiar da eternidade, tomemos as decisões de hoje. Não serão porventura as mais fáceis, nem as mais imediatas, mas serão as melhores”, concluiu Francisco.